2010-06-30

Crise económica, estamos so no comezo?

Paul Krugman alerta de sinais dunha terceira depresión que sexa mais semellante a Longa Depresión (a que escomenzou no 1873), que a Gran Depresión, (a que seguiu ao crack de 1929), pero o custo para a economia mundial será enorme. Para Krugman esa terceira depresión será o resultado dun fracaso das políticas económicas. En todo o mundo, como viuse recentemente na esteril reunión do G-20, os gobernos están obsesionados coa inflación, cando en realidade a verdadeira gran ameaza é a deflación, e polo tanto recomendan recortes de gastos, cando o problema non é o gasto en xeral, se non o gasto ineficiente.

As preocupacións de Krugman son coincidentes coas teorías de Konfratieff dos ciclos longos: unha expansión con ascensos prolongados e fortes nos
que poden intercalarse crises suaves e recesións curtas. Logo unha depresión con ascensos febles e curtos, crises moi fortes e recesións prolongadas ata acadar o grao de depresión económica xeral. A duración estimada de todo o ciclo supera os 50 anos.

Reproducimos seguidamente o texto en versión en grafía portuguesa do artigo de Krugman:
As recessões são comuns, mas as depressões são raras. Até onde eu sei, apenas dois períodos da história econômica foram chamados na sua época de "depressões": os anos de deflação e instabilidade após o Pânico de 1873 e os anos de desemprego em massa após a crise de 1929 a 1931.

Nem a Longa Depressão do século 19 nem a Grande Depressão do século 20 foram períodos de declínio ininterrupto - pelo contrário, ambas tiveram momentos em que a economia cresceu. Mas esses episódios de melhoria nunca foram suficientes para desfazer os danos do choque inicial e foram seguidos de recaídas.

Receio que estejamos nos primeiros estágios de uma terceira depressão. A probabilidade é que ela seja mais parecida com a Longa Depressão do que com a Grande Depressão. Mas o custo - para a economia mundial e, acima de tudo, para os milhões de vidas arruinadas pela falta de empregos - será ainda assim, imenso.


E essa terceira depressão será resultado de um fracasso das políticas econômicas. Em todo o mundo - mais recentemente na desanimadora reunião do G-20 no último final de semana - os governos estão obcecados com a inflação, enquanto que a grande ameaça é a deflação, recomendando cortes de gastos, ao passo que o verdadeiro problema são os gastos inadequados.

Em 2008 e 2009, parecia que havíamos aprendido com a história. Diferente de seus predecessores, que aumentaram as taxas de juros para enfrentar a crise financeira, os líderes atuais da Reserva Federal e do Banco Central Europeu cortaram radicalmente os juros e voltaram-se para os mercados de crédito. Diferente dos governos do passado, que tentaram equilibrar os orçamentos para enfrentar a economia em declínio, os governos de hoje permitiram que os déficits aumentassem. E melhores políticas ajudaram o mundo a evitar o colapso total: Pode-se dizer que recessão resultante da crise financeira terminou no verão passado.

Mas os historiadores nos dirão no futuro que esse não foi o fim da terceira depressão, da mesma forma que a melhora econômica em 1933 não foi o fim da Grande Depressão. Afinal de contas, o desemprego - especialmente o desemprego de longo prazo - mantém-se em níveis que seriam considerados catastróficos há alguns anos e não parecem estar a caminho do declínio. E tanto os Estados Unidos quando a Europa estão prestes a cair na armadilha deflacionária que atingiu o Japão.

Perante perspectivas tão sombrias, esperávamos que nossos legisladores se dessem conta de que ainda não fizeram o suficiente para promover a recuperação. Mas não: Nos últimos meses, observou-se a volta de um comportamento espantosamente ortodoxo com relação a empréstimos e orçamentos equilibrados.

Podemos observar uma volta mais evidente desse tipo de comportamento em discursos na Europa, onde oficiais parecem estar se inspirando em Herbert Hoover para compor sua retórica, incluindo a afirmação de que impostos mais altos e cortes de gastos irão de fato expandir a economia através da segurança comercial. Na prática, no entanto, os Estados Unidos não estão muito diferentes. A Reserva Federal parece saber dos riscos da deflação - mas não se propõe a fazer nada para mitigá-los. A administração Obama sabe dos perigos de uma austeridade fiscal prematura - mas, já que os republicanos e democratas conservadores se negam a autorizar um auxílio maior aos governos estaduais, essa austeridade é inevitável e se manifesta através de cortes de orçamento estadual e municipal.

Por que então esse tropeço político? Os conservadores normalmente citam os problemas da Grécia e outros países europeus para justificar suas ações. É verdade também que os investidores de ações passaram a preferir os governos com déficits incontroláveis. Mas não há provas de que a austeridade fiscal repentina em face a uma economia em depressão ofereça alguma garantia a investidores. Muito pelo contrário: A Grécia optou pela austeridade severa e teve como resultado um aumento ainda maior da sua instabilidade; a Irlanda impôs cortes ferozes nos gastos públicos e foi tratada pelos mercados como um risco maior do que a Espanha, que até então havia sido mais relutante em aceitar a solução proposta pelos conservadores.

É quase como se os mercados financeiros conseguissem entender o que os legisladores não conseguem: apesar de a responsabilidade fiscal de longo prazo ser importante, o corte repentino de gastos em uma depressão, que aumenta mais ainda essa depressão e precede a deflação, é também uma estratégia autodestrutiva.

Por isso eu acho que a Grécia não é a culpada, nem a preferência realista por trocar empregos por déficits. Na realidade, tudo isso se resume a um conservadorismo que pouco tem a ver com análises racionais e cujo maior dogma é impor sofrimento ao povo para mostrar liderança em momentos de crise.

E quem pagará o preço pelo triunfo desse conservadorismo? Dez milhões de trabalhadores desempregados, muitos deles, inclusive, que ficarão sem trabalho por anos ou até mesmo pelo resto da vida.

(*) Paul Krugman é economista, professor da Universidade de Princeton e colunista do The New York Times. Ganhou o prêmio Nobel de economia de 2008.

2010-06-17

A voltas co Banco Pastor

Estase a desenvolver nos medios galegos unha campaña publicitaria moi agresiva do Banco Pastor, protagonizada nun triste rol polo xornalista Fernando Onega, que en base ao impasse da fusión das caixas galegas e das rivalidades localistas xurdidas no proceso, tenta captar para o banco coruñés dun xeito marrulleiro os clientes tradicionais das caixas de aforros.

Curiosamente, e aplicando o dito de “cando as barbas do teu veciño vexas cortar”..., atopamos ista peciña asinada por E. Segovia e con orixe nos medios “estatais” sobre as operacións que se están a desenvolver para facerse con dito banco dende varios grupos españois e que ao final pode levar a desaparición dun dos emblemas da “city” dos cantóns coruñeses...

O Banco Pastor converteuse no obxecto de desexo dos dous principais bancos medianos independentes: Sabadell e Popular. Segundo fontes de toda solvencia, a entidade galega recibiu “insistentes achegamentos” por parte de ambos os bancos, aínda que ata agora negouse a sentar sequera con eles para negociar.
A entidade catalá pretendía realizar unha operación a tres bandas con Guipuscoano e Pastor, que lle permitiu superar en activos ao Popular e converterse no terceiro banco de España. Pero mentres a entidade vasca accedeu á fusión grazas ao apoio dos seus tres principais accionistas (BBK, Kutxa e Jomarsa) e ao compromiso do seu presidente, Javier Echenique, na Coruña non quixeron oír falar do asunto. Desta forma, o plan de Josep Oliu quedouse a medias.
Pero o Pastor non é só obxecto de desexo do Sabadell. Segundo estas fontes, Angel Ron, presidente do Popular, tamén intentou sentar a negociar unha integración que lle permitiría recuperar o terreo perdido coas fusións de caixas anunciadas nas últimas semanas. Pero a resposta do presidente do Pastor, José María Arias, foi a mesma que a dada aos cataláns: “Non me sinto nin a comer”.

Oficialmente, o Pastor sostén que ten “un proxecto propio, independente, que non contempla baixo ningún concepto unha fusión”. Moito máis importante que esta declaración de intencións é que a familia Arias controla o 41% do capital a través da Fundación Pedro Barríe da Maza, o cal fai inviable calquera fusión ou oferta de compra se non conta co seu apoio.
Un portavoz do Popular negou que haxa contactos co Pastor, e tamén sinalou que o Popular ten o seu propio modelo de crecemento orgánico.
O Pastor pode manterse independente?
Outras fontes do sector cuestionan esta actitude do Pastor na situación actual. “Poden dicir que queren seguir sos, pero poderán sobrevivir en solitario dentro duns anos na situación que se aveciña para o sector e os mercados?”. Estas fontes matizan que non se trata de que o Pastor teña problemas de solvencia ou liquidez, senón dunha mera cuestión de tamaño.
”As entidades pequenas son inviables, o mercado vaiche a esixir un tamaño mínimo en condicións normais, e moito máis en momentos como o actual en qu
e nin sequera se fía dos bancos máis grandes”, opina un experto no sector. A avalancha de fusións de caixas -reais ou virtuais- é a proba evidente da necesidade de gañar tamaño aínda que a lóxica económica ou as sinerxías non estean nada claras en moitas operacións.
”O Pastor faría mellor en asumir que non pode seguir só e negociar unha fusión desde unha posición vantaxosa; se espera moito, pode perder esa vantaxe que ten hoxe e verse abocado a unha operación que non desexa e nunhas condicións
moito máis desfavorables que as actuais”, opina outra fonte do sector.

A nosa opinión é que es entidades pequenas poden ser mais viábeis nun futuro que as moi grandes, e elo é así porque as entidades pequenas e medianas son mais conscentes dos seus riscos, coñecen os seus investimentos e, polo xeral, non teñen “paquetes dubidosos” e titulizacións insolventes nos seus activos, (e si as teñen, ben merecen crebar)..., cousa que as entidades moi grandes, precisamente polo seu tamano, non poden asegurar...

O pequeno é fermoso, controlábel e coñecido...

Un diagnóstico da crise non moi habitual...

Hoxe traemos un artigo ao que cheguei dende o blog de Imeneo no que o profesor Vicenç Navarro expón a súa idea da orixe da fase actual da crise que ameaza a solvencia do estado español e encarece a súa débeda.
De calquer xeito, ademais do contido do artigo, que si fai unha análise interesante, pero cecais non totalmente certeira, a nos fainos reflexionar mais a frase coa que Imeneo escomenza o post do seu blog:
Se eu lle debo 100.000 euros ao banco, o problema é meu; en cambio, se lle debo 100.000 millóns de euros, o problema é do banco.
Para nos ese pode ser o cerne do problema, e a chave da solución, e que pasa si ao estado non lle da a gaña de pagar?, ou reestructura os seus pagos e os intereses?...

A peza de Vicenç Navarro é a seguinte:

Artigo publicado por Vicenç Navarro no diario dixital EL PLURAL, o 31 de maio de 2010

Este artigo sinala que, en contra do que se está indicando nos maiores fórums onde a sabedoría convencional reprodúcese, a causa maior da crise da eurozona non está na "exhuberancia" de gasto público e "excesivos" salarios dos países periféricos senón na escasa demanda doméstica existente nos países situados no centro de tal zona, e moi en especial Alemaña. O estancamento dos salarios (con diminución da rendas do traballo) consecuencia das políticas dos gobernos Schröder e Merkel, creou un enorme problema de demanda, sendo as exportacións o único motor da economía daquel país. O gran crecemento das rendas do capital en Alemaña e a súa gran dependencia nas exportacións significou unha gran concentración de capital que se utilizou, non en mellorar a masa salarial, senón en exportala a outros países comprando débeda externa dos países periféricos e inxectando liquidez nos bancos destes países enormemente endebedados. A crise actual, coas demandas de austeridade nos países periféricos é o intento dos bancos centrais de recuperar os seus fondos. A axuda da UE e do FMI é un préstamo aos estados para que paguen as súas débedas a aqueles bancos.

Estamos vendo estes días a gran presión que o establishment europeo -o Consello Europeo, a Comisión Europea e o Banco Central Europeo- e a gran maioría de medios están exercendo sobre os países periféricos -Grecia, Portugal, España e Irlanda- para que impoñan políticas de austeridade, reducindo déficits e débeda pública, e baixando salarios, a fin de saír da Gran Recesión que a eurozona está sufrindo. O gran erro desta estratexia de presión é que asume erroneamente que o problema en que se atopa a Eurozona creárono estes países cos seus despilfarros e a súa falta de disciplina fiscal, o cal é fácil de mostrar que non é certo. Nin existe un malgasto de gasto público naqueles países (todos eles teñen os gastos e empregos públicos máis baixos da UE-15), nin os seus salarios son exuberantes (están moi por baixo da media da UE-15, independentemente do nivel de produtividade que teñan).
O gran segredo, ocultado ou ignorado polos grandes medios de información e persuasión, é que o problema da eurozona non está na periferia senón no centro, é dicir, en Alemaña. A economía alemá estivo en moi baixa forma durante varios anos. Os seus salarios non aumentaron durante os últimos quince anos, consecuencia das medidas antisindicales de baixos salarios, tomadas polos gobernos de Gerhard Schroeder -incluída a famosa reforma 2010- e de Angela Merkel, facilitadas tamén pola ampla dispoñibilidade de traballadores procedentes da antiga Alemaña do Leste e de inmigrantes procedentes do Leste de Europa. Durante estes quince últimos anos, os seus investimentos foron escasas (menores que nos países periféricos), o seu crecemento económico moi lento (moito máis lento que os países periféricos) e o seu desemprego estivo crecendo. En realidade, o crecemento da súa produtividade foi menor que na maioría dos países periféricos, excepto España (ver o meu artigo "O problema da Eurozona non está na o periferia senón no centro", Sistema Dixital, 27.05.10. Tamén no meu blog www.vnavarro.org , sección Economía Política).
O descenso das rendas do traballo en Alemaña creou un problema maior de falta de demanda, consecuencia da falta de crecemento da masa salarial (que diminuíu como porcentaxe da renda nacional, consecuencia de que os salarios creceron menos que a produtividade). Por iso é polo que o crecemento económico alemán baseouse, non no aumento da demanda doméstica senón no crecemento das exportacións, coa consecuente acumulación de euros (pois dúas terceiras partes das exportacións van a países da eurozona, que pagan en euros) na banca alemá.

Que fixo a banca alemá con tantos euros? Varias cousas. Unha delas é prestalos aos países mediterráneos. O fluxo de liquidez (diñeiro dos bancos alemáns aos españois, por exemplo) foi enorme. Este fluxo axudou á banca española a establecer o complexo bancario-inmobiliario-industria da construción, un complexo altamente especulativo que creou a burbulla inmobiliaria e que foi o motor da economía española. Outra cousa que fixo a banca alemá foi comprar a débeda externa a intereses elevados no caso dos países mediterráneos. A maioría da débeda destes países é propiedade da banca alemá (e francesa). E, aínda por riba, o capital alemán ademais do anterior investiu directamente en actividades especulativas de tipo inmobiliario nos países periféricos. Parte da desfeita das costas españolas foi financiado con capital alemán.
Pero todo isto terminou. O colapso das burbullas inmobiliarias e a crise das bancas estadounidense e británica, claramente conectadas coa banca alemá, crearon un gravísimo problema para esta banca. E aí está o quit da cuestión. A gran austeridade que o establishment europeo está pedindo é para asegurarse que a banca (incluíndo a banca alemá) non perda os seus beneficios. Como ben dixo o Premio Nobel de Economía, Joseph Stiglitz, a suposta axuda do Fondo Monetario Internacional e da Unión Europea aos países periféricos é unha axuda aos bancos do centro (de Alemaña e Francia). Préstase diñeiro aos estados periféricos para que poidan pagar aos bancos centrais. Este é o gran segredo que os medios de persuasión tamén ocultan ou ignoran. En realidade, todo podería ocorrer dun xeito distinto se no conflito entre Gerhard Schroeder, Chanceler de Alemaña, e Oskar Lafontaine, Ministro de Economía e Finanzas, gañasen Oskar Lafontaine. O que a esquerda -Lafontaine- quería era aumentar a demanda interna, mediante a subida de salarios e o aumento do gasto público. Foi Schroeder, próximo á banca e ao mundo das exportacións, quen gañou (causando a saída de Lafontaine do goberno e do partido socialdemócrata). De gañar as esquerdas en Alemaña, aquel país tivese un crecemento económico baseado no crecemento da demanda interna, axudando non só ás clases populares de Alemaña, senón a toda a UE. Tal medida tamén corrixiría o excesivo saldo negativo da balanza de pagos que teñen os países periféricos, orixe, en parte, dos seus problemas. Como ben dixo a Ministra de Economía do goberno francés, a Sra. Christine Lagarde, "o problema actual é o estancamento da demanda en Alemaña debido a que os salarios non creceron. É importante e urxente que crezan". Non podía haberse dito mellor.
A banca alemá, con todo, oponse rotundamente a que iso ocorra, non só en Alemaña, senón a nivel de toda Europa. E o BCE, o FMI e o Banco de España son os portavoces neoliberais máis estridentes que se opón a iso. O que estes desexan é que a banca non quede afectada negativamente, pois conseguiu enormes beneficios a base de crear grandes cantidades de débeda, tanto pública como privada que agora, con todo, pódese converter na súa gran vulnerabilidade. Nada menos que o secretario do tesouro do goberno Obama, o Sr. Timothy Geithner pediu que se someta á banca europea (e moi en especial á banca dos países do centro da Eurozona) a unha proba de tensión, como a que se realizou en EE.UU. Por iso é polo que o que os banqueiros alemáns (e o BCE) queren, por encima de todo, que se lles pague, á conta de diminuír o gasto público e os salarios dos países, non só periféricos senón centrais, incluíndose o seu propio país.
A solución alternativa é o aumento moi notable da demanda (a base de aumentar a masa salarial e o gasto público), permitindo unha inflación moderada e que estimule o crecemento económico, co cal pagar a débeda, co establecemento, ademais, de bancas públicas que garantan o crédito. E a isto a banca di que nin pensalo, e todos os grandes medios de persuasión, cos ollos pechados, din AMÉN. Os cinco rotativos máis importantes do país escribiron editoriais apoiando as propostas do Fondo Monetario Internacional, o centro (xunto co BCE) da ortodoxia neoliberal hoxe no mundo. E así nos vai.

2010-06-10

Historia das caixas rurais galegas

Reproducimos un interesante artigo sobre a historia das caixas rurais galegas da autoría do economista José Antonio Pena Beiroa e publicada en Xornal

Das catro cooperativas provincias existentes no comezo da década dos 80, unicamente sobrevive a de Lugo, hoxe chamada Caixa Rural Galega. As outras foron absorbidas por Caixa Galicia, no caso das de A Coruña e Pontevedra despois da súa intervención polo Fondo de Garantía de Depósitos das Cooperativas de Crédito, e no da de Ourense por vontade propia.

A Caixa Rural de A Coruña foi fundada en 1946 coa denominación de “Caja Rural Provincial de La Coruña”. Sempre estivo á cola no ranking de caixas rurais galegas, atendendo a súa dimensión e polos seus problemas de solvencia, foi intervida polo FGD das Cooperativas de Crédito en 1984, necesitando axudas por importe de 15,35 millóns de euros, repartidos entre préstamo sen intereses por 14,35 millóns e euros e compra de inmobles por un millón de euros. En 1986 intégrase en Caixa Galicia como solución definitiva ante a inviabilidade do seu mantemento.

Caixa Rural Provincial de Ourense fundouse en 1961 por iniciativa de Eulogio Gómez Franqueira, daquela xerente da UTECO (Unión Territorial de Cooperativas), como resposta ás maiores necesidades de conseguir vías propias de financiamento das cooperativas ourensáns e denominándose “Caja Rural Provincial de Orense”. O primeiro presidente foi Francisco Contreras Brotóns. En 1975 chega a contar cunha rede de 47 oficinas, 30.000 contas e máis de 3.000 millóns de pesetas en depósitos de clientes. O crecemento do grupo Coren, con elevados requirimentos de financiamento, que a caixa rural pola súa dimensión xa non podía atender, motivan que pase a ser analizada a conveniencia dunha fusión da caixa rural ourensán con Caixa Galicia, o que permitiría a ampliación de liñas de crédito a Coren e as súas cooperativas asociadas. Prantexado o tema na Asemblea Xeral, apróbase e no 1988 finalmente foi absorbida por Caixa Galicia quen así pasaba a dispor dunha potente rede comercial na provincia de Ourense.

A “Caja Rural de Pontevedra” constituíuse na asemblea xeral celebrada o 23 de xaneiro de 1968 co nome de “Caja Rural Cooperativa de Crédito Provincial de Pontevedra”. Nas alturas de 1975 contaba cunha rede comercial de 15 sucursais e preto de 1.200 socios. Polos seus problemas de solvencia en 1984 foi intervida polo FGD das Cooperativas de Crédito, recibindo axudas por importe de 24,58 millóns de euros, materializadas en préstamo sen intereses, como consecuencia de dita intervención finalmente foi absorbida por Caixa Galicia en 1986.

A única caixa rural galega da actualidade foi fundada en Lugo no 1966, inicialmente denominada “Caja Rural Provincial de Lugo”, sendo herdeira da “Caja Central de Ahorros y Préstamos”, caixa que fora creada polos sindicatos agrarios católicos, con certa implantación na comarca de Mondoñedo, mediante a adaptación do estatutos desta última. No que levamos de século e ate a actualidade sempre estivo presidida por José María Pardo Montero e, no período 2001 – 2008, o seu director xeral foi Arcadio López Lens, sendo relevado por Jesús A. Méndez Álvarez-Cedrón. Abre a súa primeira oficina comercial en xuño de 1967. Ás alturas de 1975 contaba con 3.466 socios e no 2008 os socios chegaron a 13.978, repartidos entre 177 cooperativas, 12.935 persoas físicas e 866 persoas xurídicas, das que 811 son pemes e 55 outras empresas ou institucións. Chegado 1988 convertese na única caixa rural en Galicia despois da fusión da rural de Ourense con Caixa Galicia.

En novembro de 1991 a súa Asemblea Xeral acorda cambiar a súa denominación pola de Caixa Rural de Lugo, galeguizándoa. En 2001 pasou a chamarse Caixa Rural Galega, Sociedade Cooperativa de Crédito Limitada Galega, por acordo da súa Asemblea Xeral de socios reunida o 23 de xuño de 2001. Tendo en conta a súa característica de ser a única caixa rural en Galicia, ábreselle un mercado coñecido e próximo que ate o de agora non atenderan pola existencia das outras caixas rurais provinciais, polo que comezan unha lenta política de implantación comercial no resto de Galicia, sendo quizais a máis significativa a súa apertura no 2003 en Santiago, a primeira fora da provincia de Lugo despois da histórica de Melide. Para acelerar o proceso de expansión, a Caixa Rural Galega compra no ano 2003 á Caja Rural de Granada seis sucursais que esta posuía en Galicia e que tiñan a súa orixe en outras tantas oficinas do antigo Banco Zaragozano (hoxe Barclays Bank), podendo así implantarse en Cambados, Carballiño, Celanova, Viana do Bolo, Vilagarcía de Arousa ou Xinzo, todas elas fora do seu territorio en Lugo. Dende o ano 2006 a caixa mantén o número de 43 oficinas, cunha evidente concentración na provincia de Lugo e unha falla no mercado da provincia coruñesa, tendo en conta a importancia do sector primario en comarcas como as do Xallas, Bergantiños ou as Mariñas.

O volume de activos da Caixa Rural Galega sitúana en setembro de 2009 no posto número 35 do ranking de cooperativas de crédito a nivel do Estado, o que a define como unha entidade de pequena dimensión e moi lonxe das que lideran o sector, a caixa rural de Almería e Málaga (Cajamar) ou a Caja Laboral Popular vasca. Esa posición tamén evidencia a incapacidade para o financiamento significativo dalgunhas das maiores empresas do sector primario ou das cooperativas do país, como son os casos das lácteas Río ou Feiraco, ou das cárnicas Coren, etc.

Polo tanto, podemos afirmar que as cooperativas de crédito xogaron sempre un papel marxinal no sistema crediticio galego. Témonos que remontar a 1985 cando as caixas rurais galegas, catro por aquel entón, chegaron a unha cota de mercado nos depósitos do 2,4%. As crises das rurais de Pontevedra e A Coruña e a fusión da de Ourense con Caixa Galicia, implicaron que fose diminuíndo ate o 0,4% actual do total dos activos das entidades de depósito galegas.

Non deixa de resultar contradictorio esa circunstancia co peso do sector primario en Galicia, e máis concretamente co da gandeiría e coa existencia de bo número de cooperativas de tal xeito que só a provincia de Lugo, sé social da Caixa Rural Galega, ten unha rede de sucursais que chega a case o 10% das totais na provincia. Peor resulta si facemos a comparación con outras comunidades do Estado Español, pois en Andalucía, Euskadi e Valencia teñen unha forte presencia no mercado.

Pola contra, e a diferencia do que se escoita sobre a necesidade dun maior tamaño nas caixas de aforros, a única caixa rural galega non amosa problemas de solvencia ou morosidade malia a súa reducida dimensión.

2010-06-09

Un exemplo de cómo dende o local se pode acadar o suceso global ou a viabilidade internacional dunha economía galega autocentrada.

Inditex dispárase e supera en capitalización ao BBVA tras uns resultados mellor do esperado, convertíndose hoxe na terceira empresa do IBEX soio superada polo Banco Santander e Telefónica.

Inditex bateu as previsións do mercado e celébrao con fortes avances en bolsa. O imperio téxtil galego de Amancio Ortega rexistrou no primeiro trimestre do seu exercicio fiscal 2010/11 un beneficio atribuíble de 301 millóns de euros, un aumento do 63% sobre o mesmo período do ano anterior, dixo a empresa o mércores. Os analistas consultados por Reuters esperaban de media un incremento do beneficio neto do 40,8% ata 259 millóns de euros.

A compañía reaccionou con fortes subidas en bolsa ao dato. As súas accións disparábanse cerca do 6% na apertura ata 46,42 euros. Esta forte subida permite á compañía superar en capitalización a BBVA ao rozar un valor de mercado de 28.800 millóns de euros, uns 600 millóns máis que a entidade que preside o galego Francisco González. Ademais, tamén excede en capitalización a outros dous dos pesos pesados do mercado español: Iberdrola, con máis de 26.300 millóns de euros e Repsol YPF, con máis de 19.600 millóns.

O xigante da moda indica que as vendas subiron no primeiro trimestre (febreiro-abril de 2010) un 14% a 2.665 millóns de euros, en liña coas previsións dos analistas (2.628 millóns de euros). Respecto ao comezo do segundo trimestre, dixo que as vendas en tenda a tipo de cambio constante entre o 1 de febreiro e o 7 de xuño aumentaron un 13%.

O beneficio bruto de explotación de Inditex foi de 560 millóns de euros, o que supón un repunte do 42% respecto ao mesmo período do exercicio anterior, en tanto que o beneficio neto de explotación medrou un 63%, ata os 405 millóns de euros.

A marxe bruta, pola súa banda, aumentou un 20% ata ata 1.598 millóns, situándose no 59,9% das vendas (56,9% no 1 trimestre do 2009), grazas á xestión da cadea de subministración, o uso do aprovisionamento en proximidade para responder ao crecemento das vendas e ao impacto positivo da divísa.

Por outra banda, Inditex indicou nunha presentación a analistas que ten previsto investir uns 570 millóns de euros no 2010. No primeiro trimestre do seu ano fiscal a rede de tendas de Inditex aumentou en 98 establecementos ata un total de 4.705 locais. Inditex dixo que o 95% das aperturas previstas para este ano farase nos mercados internacionais.